quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Pílula do dia seguinte: o seu funcionamento, os seus riscos e sua prevenção

O máximo que as pessoas sabem é que ela funciona como um método contraceptivo, o que não corresponde à realidade. Ao contrário do que muita gente pensa, a pílula não mata os espermatozóides; o que ela faz é evitar que ocorra uma fecundação.
Como ela possui uma grande dose de hormonas, normalmente uma combinação de estrogénio e progesterona alteram as características do muco vaginal, impedindo a passagem dos espermatozóides, provocando ainda uma mudança no crescimento da camada interna do útero, onde haveria a implantação do óvulo, e acelerando os movimentos das trompas, fazendo com que o óvulo chegue ao útero sem estar maduro.

Mais do que uma atitude imprudente, é um verdadeiro atentado à saúde. A pílula do dia seguinte chega a ter dez vezes mais hormonas que as convencionais. O uso contínuo, várias vezes ao mês, altera o ciclo menstrual e aumenta o risco de gravidez, diminuindo a eficácia do método. Este abuso pode causar danos graves, como cancro da mama e do útero, problemas numa futura gravidez, além de trombose e embolia pulmonar.

Este tipo de fármaco não deverá ser encarado como mais um contraceptivo, uma vez que não o é. Neste sentido, não deverão ser “postos de parte” os reais métodos de prevenção – pílula, espermicida, DIU, diafragma, preservativo, anel vaginal, etc. – uma vez que a pílula do dia seguinte não previne uma gravidez e, sobretudo, as Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Para além do mais, não deverá ser usada de uma forma inconsciente e irresponsável, mas sim como um derradeiro recurso.
Deste modo, dever-se-á então incidir-se na educação para a saúde, nas consultas de planeamento familiar, e portanto na qualidade de vida e nas atitudes responsáveis.

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